Crer não é só acreditar, nem só aceitar como verdade, mas levar uma vida coerente com o que proclamamos.

Os cristãos não anjos, mas homens frágeis. Apesar da muita boa vontade, de tanto esforço e lutas, às vezes caem na tentação, se desviam do caminho de Deus e pecam. Algum batizado chega mesmo a assumir posturas indignas do filho pródigo (Lc 15, 11-24).

Quando um cristão reconhece o seu pecado, se arrepende e decide voltar, Deus o perdoa por meio de um sacerdote.

Mas, porque por meio de um sacerdote? Jesus ressuscitado aparece aos Apóstolos e lhes diz: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem vós perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados, e a quem não perdoardes, não lhes serão perdoados” – Jo 20, 22-23. Jesus escolheu esse jeito de perdoar para dar-nos certeza de que realmente os pecados são perdoados.
Para ser perdoado, o pecador precisa dispor-se a andar no caminho de Deus (Mt 18, 23-35).

Belo exemplo de confissão está na parábola do Filho Pródigo: ele reconheceu o seu pecado, pediu perdão a Deus, levantou-se, voltou à casa do pai, pediu-lhe perdão disposto a ser bom filho. Com isso seu pai o perdoou, fez-lhe festa, e o reabilitou como filho.

Deus dá o perdão dos pecados leves sem confissão a quem faz obras de misericórdia, participa da missa, perdoa o próximo…
Creio na ressurreição da carne – A expressão ‘carne’ é muito usada até hoje pelos povos orientais. Carne significa a pessoa humana como ela é, também com suas limitações e fraquezas.

Os Macabeus já acreditavam na ressurreição. Um garoto disse: “Ó rei malvado, tu nos matas, mas o Rei do universo ressuscitará para a vida eterna a nós que morremos para obedecer às suas leis” (2Mac 7, 14).
Jesus nos ressuscitará para estarmos eternamente com ele. Ele diz: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crer e mim ressuscitará. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 11, 25 e Jo 6, 32-58).

São Paulo diz que ressuscitaremos transfigurados num corpo glorioso semelhante ao corpo de Cristo (Fl 3, 21 e 1Ts 4, 16).

São Paulo diz que, com a morte, o nosso corpo volta à terra de onde veio e lá acontecerá como para a semente jogada na terra: enquanto se desfaz, ela ganha um novo corpo diferente, com raízes, folhas, flores e frutos. Assim acontecerá conosco: enquanto o nosso corpo se desfaz, Deus faz brotar dele um novo corpo espiritual, belíssimo, semelhante ao corpo ressuscitado de Jesus (1Cor 15, 35-49).

Este é um grande presente que Deus dá a seus fiéis.