A Ressurreição de Cristo, fato muito singular na história da humanidade, é o que caracteriza o cristianismo e distingue o seu Fundador. Celebrar, cada ano, a Páscoa é uma oportunidade ímpar para renovar a fé naquele que se proclamou: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.

Para expressar a você, leitor desta coluna, os melhores votos de uma “FELIZ PÁSCOA”, quero reportar aqui uma mensagem de Chiara Lubich na Páscoa do ano 2002. Ei-la, em síntese:

“Caríssimos e caríssimas, o pensamento de hoje aborda um preciso aspecto da vida cristã. O que mais caracteriza o cristianismo, o que distingue o seu fundador Jesus, é a sua ressurreição, o fato de ele ter ressuscitado da morte! Ele ressurgiu da morte! Não como outros ressurgiram; por exemplo, Lázaro, que mais tarde, quando chegou a sua hora, morreu. Jesus ressuscitou para nunca mais morrer, para continuar a viver também como homem no Paraíso, no coração da Trindade. E 500 pessoas o viram! Evidentemente não era um fantasma. Era Ele, era Ele mesmo: “Põe aqui o teu dedo e vê minhas mãos; estende a tua mão, e coloca-a ao meu lado” (Jo 20,27), disse Ele ao apóstolo Tomé. …

Ressuscitando, Jesus rompeu e superou todas as leis da natureza, do cosmo inteiro, mostrando-se assim maior do que tudo o que existe, de tudo o que havia criado, de tudo o que podemos imaginar. De tal forma que também nós, ao intuirmos essa verdade, não podemos deixar de reconhecer nele Deus. Não podemos deixar de agir como Tomé e, ajoelhados diante dele em adoração, confessar e dizer sinceramente: “Meu Senhor e meu Deus”! …
Depois da ressurreição, Ele percorreu o caminho para Emaús, grande e imenso como era, tornando-se o primeiro exegeta, explicando aos dois discípulos a Escritura Sagrada. Ele, como fundador da sua Igreja, impôs as mãos sobre os seus discípulos, para lhes dar o Espírito Santo, e disse a Pedro palavras extraordinárias, colocando-o como chefe da sua Igreja.

Mandou os discípulos ao mundo para anunciar o Evangelho, o novo Reino, por Ele fundado, em nome da Santíssima Trindade, de onde tinha descido à Terra e para onde, na Ascensão, voltou definitivamente. Depois da sua ressurreição, também aquelas palavras que Ele nos disse anteriormente, antes da sua morte, adquirem uma luminosidade única, exprimindo verdades incontestáveis. Dentre as mais importantes, certamente, em primeiro lugar, aquelas suas Palavras que anunciam também a nossa ressurreição. Agora temos certeza: nós ressuscitaremos. Podemos então dizer aos nossos familiares e amigos que partiram e que talvez, inconscientemente, pensamos ter perdido, não tanto: “adeus”, mas ATÉ LOGO. Podemos sim dizer ATÉ LOGO para depois nunca mais nos separarmos, porque o amor de Deus por nós chega a esse ponto! …Que Deus, nesta Páscoa, nos dê uma confirmação na fé!” (Chiara Lubich)

São meus votos sinceros: FELIZ PÁSCOA!