Todos nós temos o nosso jeito de ser, o que nos caracteriza: jeito de andar, de falar, de agir, de lidar com nossas emoções… uns mais alegres, outros mais sérios; uns falam muito, outros, mais calados; uns mais extrovertidos, outros, mais tímidos… E dentre tantos diferentes jeitos, qual é o melhor, o mais certo?

Não existe essa resposta, pois cada um tem a sua singularidade, a sua especificidade, o seu jeito! Certamente, quando entendermos sobre o quão belo é o fato de sermos diferentes, o quanto podemos, nas diferenças, somar, muitos de nossos conflitos interpessoais, desapareceriam ou seriam, em muito, minimizados.

Algumas pessoas são arrogantes e ríspidas, simplesmente porque não toleram o jeito de ser dos outros ou querem que os outros façam tudo da forma delas. Isso é errado, pois cada um precisa ser respeitado, no seu jeito. Talvez, até pior que isso, seja quando a pessoa, além de não gostar do jeito do outro, ainda fala, fofoca e até contamina os outros sobre a pessoa alvo da sua intolerância… “Fulana é muito inteligente, mas o jeito arrogante dela me irrita”. “Sicrano, eu nem quero trabalhando do meu lado porque esse jeito dele…”, e daí pode começar um processo que eu chamo de “carimbar as pessoas”, de enquadrar as pessoas em rótulos que não ajudam em nada a convivência e as relações sociais.

Todos têm direito de fazer suas próprias escolhas, sendo da forma como acha melhor para si e quando não respeitamos o direito dos outros, os outros também têm direito de não respeitarem o nosso. Qual resultado de tudo isso? Conflitos, maus palavras, ofensas…

Você, caro leitor, do seu jeito, merece ser respeitado na sua individualidade e o fato de uma pessoa não gostar de você, por ter um jeito diferente do seu, não significa que tem algo de errado com você. Significa que vocês são diferentes! No entanto, infelizmente, por vezes, na busca de agradar ao outro, vamos criando máscaras, fingindo um jeito de ser para nos sentirmos aceitos e amados. Continuando assim, vamos nos perdendo e, por vezes, até, sem consciência disso, deixando de gostar de nós mesmos e do nosso jeito, acreditando que, se formos diferente, vamos ser excluídos ou que ser diferente é ruim. O mais importante é olharmos para nós, considerarmos se o nosso jeito de ser está nos prejudicando ou prejudicando outras pessoas que amamos e, se, nesse mergulho em nós mesmos, quisermos mudar, porque nós queremos mudar, para nos orgulharmos de nós mesmos, ao vencer nossos desafios pessoais, vale investir na mudança. Não para agradar ou atender expectativas dos outros, mas sim por uma decisão de melhoria nossa!

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