As dores físicas todos sabem cuidar, na maioria das vezes, infelizmente, por meio de automedicação acreditando no ditado que diz “de médico e louco todo mundo tem um pouco”. Assim nos “entupimos” de remédios… E as dores emocionais, como as tratamos? As medicações certamente auxiliam, mas não conseguem atingir as “dores da alma” que, quando suprimidas, podem gerar várias patologias físicas.
A dor emocional é um sentimento incômodo de origem psicológica que pode gerar tristeza, depressão e outras sensações negativas. Em muitos casos, é estimulada por experiências emocionais danosas, como uma rejeição ou uma grande perda. Em muitos momentos, a dor emocional é deixada de lado porque não entendemos a importância de fazermos um checkup de nossa saúde mental.

Vivenciamos diversas situações que nos deixam marcas e quando não encontramos espaço para serem elaboradas, com o tempo, podem se transformar em doenças psicossomáticas, aquelas causadas por problemas emocionais, sendo uma ligação direta entre a saúde emocional e a física. Ou seja, quando o sofrimento psicológico, de alguma forma, acaba causando ou agravando uma doença física. Como a principal causa desencadeadora de doenças psicossomáticas temos o estresse emocional, traumas de perda, luto, abusos físicos, sexuais e psicológicos, sobretudo na época do desenvolvimento infanto-juvenil. Alguns sintomas que indicam atenção: alterações gástricas: enjoo, dores, queimação ou gastrite nervosa; insônia, geralmente com muita dificuldade para relaxar e dormir; manchas roxas ou avermelhadas espalhadas pelo corpo e dores de cabeça constantes e sem motivo aparente, dentre outros.

É fundamental entender que as dores emocionais não devem ser colocadas em uma gaveta e ignoradas, mas precisam ser olhadas para buscarmos compreender de onde elas vieram, para trabalhar a cura. Lendo assim parece até fácil, certo? Não, não é nada fácil… Melhor mesmo é deixar como está e não entrar em contato com a dor, fingir que ela nem está doendo, mas essa não é a melhor solução. Na maioria das vezes estamos tão cansados de buscar que só queremos encontrar algo mágico para curar essas feridas, mas não existe nada mágico.
No processo da cura o que existe é a busca por autoconhecimento que pode ser acompanhada por um profissional do comportamento humano e em alguns casos complementada com medicações, para aprendermos a encarar para a dor e buscar um novo significado. Quando nos abrimos para a cura, abrandamos a dor e nos libertamos do peso da ferida guardada! Até a próxima.

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