Olá, meu irmão é minha irmã.
Estamos em pleno tempo de preparação para o Santo Natal, isto é, em pleno Advento.
Como você está vivendo este tempo forte da Igreja? Está armando o presépio? Acaso, há em sua casa, a dinâmica do acendimento das velas da Coroa do Advento? Já programou a Confissão? E a Novena de Natal, vai fazer? Como tem vivido a vigilância? A casa já está sendo ornamentada? Um gesto concreto de caridade para com alguém necessitado, já pensou?
Pois é, tudo isso nos ajuda em nossa caminhada rumo ao Santo Natal. Mas, permita-me sugerir um elemento à mais? Que tal aproveitar para fazer uma boa leitura? Um clássico da literatura que pode nos alimentar na esfera da imaginação é também da cultura.
A história não é estranha. Refiro-me ao “Conto de Natal” de Charles Dickens, publicado em 19 de dezembro de 1843.
É uma obra cuja temática é a redenção, a conversão.
Conta a história do avarento, rabugento, milionário Ebenezer Scrooge que despreza o Natal. Ele trata seu empregado (Bob Cratchit) com “mão de ferro”. Scrooge não se permite realizar o menor ato caritativo. Seu coração era gelado. Ao caminhar pelas ruas, mendigo algum tinha coragem de estender-lhe a mão pedindo uma esmola, jamais alguém lhe dava “bom dia”, muito menos “feliz Natal”. Até os cães-guia se afastavam levando seus donos para longe de Scrooge.
Eis que numa véspera de Natal, os Céus enviam-lhe um presente, em forma de visita: Jacob Marley, ex-sócio e amigo do velho sovina. Porém, um detalhe não pode passar despercebido: Marley morrerá fazia sete anos. Sim, por Misericórdia Divina, Marley viera alertar o ex-sócio para mudar de vida. O fantasma arrastava enormes correntes presas em pesados cofres. Essas correntes, explicou o fantasma sofrendo a pena, foram forjadas durante a existência terrena, ou seja, eram seus pecados.
Marley comunica ao amigo a visita de três fantasmas. A saber: dos Natais passado, presente e futuro.
O primeiro Fantasma (do passado), o fez mergulhar em profundas lembranças, em um tempo em que ainda não havia corrompido o coração à ganância. O faz perceber como chegou a se tornar muquirana. Inclusive, por causa de suas ambições, deixou de casar com aquela que fora o amor de sua vida.
O Fantasma do Natal Presente mostra ao velho rabugento o Natal comemorado na casa Bob Cratchit, carente de bens materiais, porém, rico de amor cultivado no seio familiar. Ele também vislumbra o Natal na casa de seu sobrinho. Este não tinha dinheiro, mas tinha amigos verdadeiros.
O Fantasma do Natal Futuro, veio em seguida. Dos três é o mais sombrio. Nada fala, somente aponta para diante revelando como será triste o fim terreno de Scrooge. Só, esquecido, mal querido. Homem cuja partida para o além ninguém lamenta, pois sua existência, para pessoa alguma teve importância. Essa vida encerrada de modo sombrio, da ao leitor abertura de imaginar uma eternidade tenebrosa.
Felizmente, ao final de sua viagem interior, Ebenezer, na manhã de Natal renasce como um novo homem de coração generoso e fraterno. Deus lhe permitira um Natal, como deve ser: Pascal.
Passou a viver virtuosamente.
A felicidade vem com a conversão. Ninguém é feliz escravo dos bens materiais, escravo do egoísmo.
Ao velho Escrooge é revelada a verdadeira alegria quando nele impera o princípio de que há mais alegria em dar do que em receber.
Ebenezer Scrooge tudo tinha, mas era carente da generosidade que brota da manjedoura.
Recomendo a leitura!
Pela Divina Misericórdia, sigamos em frente, buscando pensar com a Igreja no serviço da Verdade.
Fique com Nossa Senhora e São José.