Miscelânea: Um pequeno grande livro (35)

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Hoje continuaremos a ver o que se diz sobre Jesus no, a meu ver, pequeno grande livro “o monge e o pastor”, cujo conteúdo os diálogos entre o monge beneditino Marcelo Barros e o pastor Henrique Vieira, em maio de 2020, através de cartas por e-mail.

Na carta de sete de maio Henrique escreve a Marcelo textualmente: “a amizade é uma das relações mais bonitas que a humanidade é capaz de produzir. O próprio Jesus estabeleceu uma relação de amizade com suas discípulas e discípulos. Está no evangelho de João: “Já não os chamo de servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, tenho-os chamado de amigos, porque tudo que ouvi de meu Pai tenho-lhes feito conhecer.” (João 15, 15). E afirma: “Jesus quebrou os protocolos de hierarquia e comando , e preferiu experimentar o convívio fraterno com as pessoas.”

Na carta de oito de maio a Marcelo afirma Henrique a respeito de Jesus ao estudar o episódio do Monte das Oliveiras: “Vejo ali um homem profundamente apaixonado pela vida.” E continua: “consciente das maldades do mundo, percebia que a força da oficialidade religiosa atrelada ao Império Romano o perseguia. Ele sabia que a cruz estava se aproximando, sentiu medo e solidão. E, a despeito de tamanhas injustiças, queria ardentemente viver.

Vejo em Jesus mais do que um instinto de autopreservação, vejo um amor gigante e uma utopia de humanidade que ele chamava de Reino de Deus. Jesus queria defender o seu corpo e todos os corpos. Contudo, naquele momento faltavam-lhe forças, e ele sabia que estava enfraquecido. Seus inimigos já tinham se articulado com as lideranças do governo, havia pouco a fazer. A morte estava no horizonte próximo.”

Na próxima edição de Miscelânea continuaremos a ver o que, no livro em questão, se diz sobre Jesus no horto das Oliveiras. Shalom!

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