(Pensamentos extraídos do Livro “E volta o Natal…” de Chiara Lubich, Cidade Nova)
É misterioso e sublime que a segunda Pessoa da Santíssima Trindade se tenha encarnado, o que insere a nossa natureza humana de modo indissolúvel no coração de Deus, por toda a eternidade.
É misterioso e vai além de nossa razão. Deus, em sua segunda Pessoa, não será jamais separado da natureza humana em Jesus!
Se a Santíssima Trindade abriu de par em par os seus portais permitindo ao Verbo fazer-se homem por nós, somos loucos se não acreditarmos que Deus ama cada um.
Natal, Natal, quantas vezes te festejamos com alegria pura e calor sem par! Mas o nosso coração anda tão empedernido pelo frio do mundo que não conseguiste gravar nele, como se devia, a tua mensagem misteriosa e incrível: Deus nos ama um a um e todos juntos.
O seu amor nos envolveu de tal modo que inspirou a Trindade Santíssima a mandar até nós o Filho de Deus feito homem para que o nosso breve caminhar terrestre fosse desde já iluminado pela Luz que não conhece ocaso, e o absurdo morrer desta vida se transformasse em simples passagem para a vida mais plena e eterna!
Natal, que ao menos neste ano tu digas aos nossos corações o que queres dizer. Estamos aqui prontos para acolher a tua voz.
Quando o Verbo de Deus se fez homem, sem dúvida adaptou-se ao modo de viver do mundo e foi criança, e filho, e homem, e trabalhador, mas para este mundo transferiu o modo de viver de sua pátria celeste e quis que homens e coisas se recompusessem em uma nova ordem, segundo a lei do Céu: o amor.
O Natal não envelhece nunca, porque é um mistério profundamente humano, além de divino. Fazendo-se homem, Deus elevou a humanidade à vertiginosa altura divina, mas, ao mesmo tempo, revelou-a, mostrando dela o mistério aos homens extasiados.
O Natal significa o calor da família, o prodigioso fenômeno da maternidade, a continuidade da vida através da paternidade.
Para o cristão e para o homem, o Natal significa, além do alvorecer da Redenção, o dia em cada um se reencontra consigo mesmo, reencontra seu verdadeiro eu, porque inserido em Deus.
FELIZ NATAL! E abençoado ano novo!