Para Viver A Sinodalidade – 6

 

O processo de preparação para o Sínodo 2021-2023 está em andamento. Estamos vivendo a “fase da escuta nas dioceses do mundo” (até agosto 2022). O DP – Documento Preparatório – oferece indicações muito importantes para que, de fato, possa acontecer este “caminho juntos” da Igreja. Para aprofundar a questão fundamental – Que passos o Espírito nos convida a dar para crescermos no nosso “caminhar juntos”? – foram enucleadas dez questões que precisam de revisão e aprofundamento. A cada semana comento uma delas. Recordemos os cinco primeiros pontos:

1. Quem são “OS COMPANHEIROS DE VIAGEM que, na Igreja e na sociedade, estão no mesmo caminho, lado a lado conosco”?

2. Sabemos “OUVIR, com a mente e o coração bem abertos, sem preconceitos, nossos companheiros de viagem”?

3. Na comunidade (ou grupo eclesial) onde participo, eu sou capaz de TOMAR A PALAVRA para falar com coragem e total sinceridade e liberdade?

4. “Caminhar juntos” só é possível se nos basearmos na ESCUTA COMUNITÁRIA DA PALAVRA E NA CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA. As nossas celebrações litúrgicas proporcionam “encontro com Deus” ou são somente ritos vazios?

5. Ser CORRESPONSÁVEIS NA MISSÃO, pois a sinodalidade está ao serviço da missão da Igreja, na qual todos os seus membros são chamados a participar.

6. O sexto ponto é assim expresso: DIALOGAR NA IGREJA E NA SOCIEDADE. Para dialogar é necessário sempre duas ou mais pessoas. Todos sabemos que “dialogar” é uma atitude que implica atenção ao próximo. Se somente um fala e os outros não podem manifestar-se não acontece diálogo; na verdade será um “monólogo”, e, não raro, impositivo. Quantas vezes em nossas comunidades eclesiais e na sociedade falta verdadeiro diálogo. Não raro os coordenadores (das pastorais e dos movimentos eclesiais), mesmo com uma reta intenção de fazer com que o grupo sob sua coordenação assuma a missão, pensando que estão agindo corretamente, impõem as suas ideias e visões sem dar oportunidade para que todos os membros se manifestem e se sintam efetivamente protagonistas na organização de atividades em vista da missão confiada a todo o grupo. É claro que o diálogo se refere ao aspecto da organização pastoral e não quanto a questionar as verdades da fé, pois em relação às verdades da fé, todos nós, membros da Igreja, precisamos nos colocar em atitude de aceitação e obediência. É tendo presente estas situações que o DP afirma que “o diálogo é um caminho de perseverança, que inclui também silêncios e sofrimentos, mas é capaz de recolher a experiência das pessoas e dos povos”. E aí cabe bem a pergunta: “Quais são os lugares e as modalidades de dia?logo no seio da nossa Igreja particular?” Em nossas reuniões paroquiais (CPP, COPAE, Pastorais, Movimentos e outros grupos existentes) todos são chamados a se manifestar? Existe comunhão e escuta recíproca? Este é um ponto muito importante para o processo sinodal. Se não dialogar entre nós, nunca poderemos viver como “igreja sinodal”.

Será uma grande contribuição para a preparação do sínodo arquidiocesano se você (pessoalmente ou, preferencialmente, com os membros do grupo do qual você participa em sua comunidade paroquial) responder a estas perguntas e enviar para a secretaria do sínodo neste e-mail: heliofronczak@gmail.com ou neste número WhatsApp (91) 98144-1118. Fico no aguardo. Até a semana próxima.

Colunistas