Dez são os núcleos temáticos que abordam diferentes aspectos da “sinodalidade vivida”, conforme o Documento preparatório para o Sínodo 2021-2023. Estes temas refletem sobre aspectos fundamentais em vista de responder sobre a questão primordial do sínodo: “o que o Espírito está pedindo de nós hoje?”. Relembro os seis primeiros já comentados nas últimas semanas. São eles:
- Quem são “OS COMPANHEIROS DE VIAGEM que, na Igreja e na sociedade, estão no mesmo caminho, lado a lado conosco”?
- Sabemos “OUVIR, com a mente e o coração bem abertos, sem preconceitos, nossos companheiros de viagem”?
- Na comunidade (ou grupo eclesial) onde participo, eu sou capaz de TOMAR A PALAVRA para falar com coragem e total sinceridade e liberdade?
- “Caminhar juntos” só é possível se nos basearmos na ESCUTA COMUNITÁRIA DA PALAVRA E NA CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA. As nossas celebrações litúrgicas proporcionam “encontro com Deus” ou são somente ritos vazios?
- Ser CORRESPONSÁVEIS NA MISSÃO, pois a sinodalidade está ao serviço da missão da Igreja, na qual todos os seus membros são chamados a participar.
- O sexto ponto é assim expresso: DIALOGAR NA IGREJA E NA SOCIEDADE.
Hoje comento o sétimo ponto que é assim formulado: DIALOGAR COM AS OUTRAS CONFISSÕES CRISTÃS, pois o diálogo entre cristãos de diferentes confissões, unidos por um único Batismo, ocupa um lugar particular no caminho sinodal.
O ecumenismo, isto é, o relacionamento entre “igrejas cristãs” é uma dimensão essencial do ser cristão. Na verdade, é impossível ser verdadeiro discípulo de Cristo se nós consideramos adversários ou inimigos os demais seguidores de Jesus simplesmente pelo fato que eles expressam a própria fé e religiosidade em modos diferentes dos nossos modos como Igreja católica. A caminhada ecumênica entre as igrejas cristãs vem desde muito tempo atrás. Seguramente há mais de quarenta anos que começaram a surgir iniciativas de diálogo e ações conjuntas entre cristãos de várias igrejas. No Brasil o caminho ecumênico é coordenado pelo CONIC (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs) que tem a “Semana de oração pela unidade dos cristãos” como uma de suas principais iniciativas. Esta semana de oração pela unidade dos cristãos ocorre sempre na semana entre a Ascensão e Pentecostes. No hemisfério norte é justamente agora, na última semana de janeiro, que acontece esta mesma iniciativa.
A pergunta proposta no sétimo ponto desta reflexão sinodal é exatamente esta: – Que relacionamentos mantemos com os irmãos e as irmãs das outras Confissões cristãs? Precisamos nos perguntar se somos abertos ao diálogo com os cristãos de outras confissões cristãs ou se os vemos como concorrentes e os consideramos somente como um obstáculo ao nosso trabalho de evangelização. Se for assim, precisamos rever nossa compreensão da fé cristã e nos converter.
Certamente a questão do ecumenismo requer um aprofundamento em vários campos: no aspecto teológico e doutrinal, no aspecto pastoral e de convivência, na dimensão social e espiritual. Mesmo se não é possível aqui tratar exaustivamente de todos estes aspectos será muito útil revermos nossas atitudes em relação aos cristãos e verificar nossa disposição para o diálogo com todos.
Em 5 de fevereiro deste ano retomaremos nosso caminho sinodal rumo ao primeiro sínodo arquidiocesano. Acompanhem nos meios de comunicação e nas redes sociais da nossa Arquidiocese as informações sobre o evento previsto para acontecer no Centro de Cultura e Formação Cristã, na BR 316, das 8h às 12h.
Igualmente será uma grande contribuição para a preparação do sínodo arquidiocesano se você (pessoalmente ou, preferencialmente, com os membros do grupo do qual você participa em sua comunidade paroquial) responder a estas perguntas e enviar para a secretaria do sínodo neste e-mail: heliofronczak@gmail.com ou neste número WhatsApp (91) 98144-1118). Fico no aguardo. Até a semana próxima!