Para viver a Sinodalidade – 8

Continuamos a comentar os dez núcleos temáticos da “sinodalidade vivida”, conforme o Documento preparatório para o Sínodo 2021-2023. Hoje será o oitavo. Antes, porém, vamos relembrar os sete primeiros. São eles:

  1. Quem são “OS COMPANHEIROS DE VIAGEM que, na Igreja e na sociedade, estão no mesmo caminho, lado a lado conosco”?
  2. Sabemos “OUVIR, com a mente e o coração bem abertos, sem preconceitos, nossos companheiros de viagem”?
  3. Na comunidade (ou grupo eclesial) onde participo, eu sou capaz de TOMAR A PALAVRA para falar com coragem e total sinceridade e liberdade?
  4. “Caminhar juntos” só é possível se nos basearmos na ESCUTA COMUNITÁRIA DA PALAVRA E NA CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA. As nossas celebrações litúrgicas proporcionam “encontro com Deus” ou são somente ritos vazios?
  5. Ser CORRESPONSÁVEIS NA MISSÃO, pois a sinodalidade está ao serviço da missão da Igreja, na qual todos os seus membros são chamados a participar.
  6. Abertura para DIALOGAR NA IGREJA E NA SOCIEDADE, visto que “o diálogo é um caminho de perseverança, que inclui também silêncios e sofrimentos, mas é capaz de recolher a experiência das pessoas e dos povos”.
  7. DIALOGAR COM AS OUTRAS CONFISSÕES CRISTÃS, pois o dia?logo entre crista?os de diferentes confissões, unidos por um único Batismo, ocupa um lugar particular no caminho sinodal.

O oitavo núcleo é assim formulado: AUTORIDADE E PARTICIPAÇÃO. Uma Igreja sinodal é uma Igreja participativa e corresponsável. Ao considerar estas duas palavras – autoridade e participação – pode alguém pensar que exista uma contraposição entre elas, no sentido que uma pessoa que tem “autoridade” num grupo (movimento eclesial, pastoral, paróquia, diocese) é aquela que sozinha deve decidir o que o grupo de fazer em determinado momento. Esta é uma visão muito limitada e parcial de autoridade, pois nesta visão, não há espaço para a “participação” dos membros pertencentes ao grupo; e se é assim, com muita probabilidade surgirão conflitos e dispersão entre os membros. Infelizmente, no decorrer da história da Igreja, muitas vezes os pastores tomaram sozinhos decisões, não vivendo a verdadeira comunhão entre todos.

O caminho sinodal proposto quer nos conduzir a um modo de ser igreja onde a participação de todos os batizados, isto é, todo o povo de Deus, seja mais efetiva. De fato, a unidade é nota constitutiva da Igreja, e sem a participação de todos os fiéis batizados não podemos viver como verdadeira Igreja de Cristo. Daí a pergunta muito importante: – Como se identificam os objetivos a perseguir, o caminho para os alcançar e os passos a dar? Somente com a participação de todos, numa experiência de inter-escuta, e numa busca de juntos escutar o que o Espírito está dizendo hoje à Igreja é possível sermos sinal do Reino de Deus de modo credível e autêntico. Em sua comunidade paroquial (pastoral / movimento eclesial) você se sente protagonista e construtor do Reino de Deus? Você se sente corresponsável pela comunidade?

Será uma grande contribuição para a preparação do sínodo arquidiocesano se você (pessoalmente ou, preferencialmente, com os membros do grupo do qual você participa em sua comunidade paroquial) responder a estas perguntas e enviar para a secretaria do sínodo neste e-mail: heliofronczak@gmail.com ou neste número WhatsApp (91) 98144-1118. Fico no aguardo. Até a semana próxima!

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