Por uma Igreja Sinodal: instrumento de trabalho

Está sendo lançado nesta semana o INSTRUMENTO DE TRABALHO PARA AS ASSEMBLEIAS ESPECÍFICAS do nosso primeiro Sínodo Arquidiocesano de Belém. O que é isto? De que se trata?

Importante é sempre compreender bem as palavras que encontramos nos textos para conhecer o valor, a importância e relevância do assunto tratado; e também é indispensável saber o âmbito de alcance do mesmo e o seu contexto para evitar equívocos e desvirtuar a intenção dos autores do mesmo.

“Instrumento de trabalho”, neste caso aqui tratado, é uma expressão para indicar um texto imprescindível que é uma “ferramenta” para alcançar um objetivo. Decorrem daí imediatas conclusões: sabendo usar adequadamente um instrumento de trabalho normalmente todo agente alcança bons resultados; porém, se não souber usar bem um determinado instrumento certamente não alcançará um resultado satisfatório.

O texto apresentado como “instrumento de trabalho” recolhe as reflexões feitas nas reuniões e assembleias das nossas paróquias e regiões episcopais, como parte do processo sinodal que estamos vivendo na Arquidiocese de Belém. Está estruturado segundo os “eixos da ação pastoral” votados e assumidos pela Arquidiocese na sua Assembleia Pastoral Arquidiocesana de 2017 (APA-2017).

Nos “Planos de Pastoral”, usados nas dioceses nos últimos anos, existem diferentes palavras que foram usadas para indicar as urgências na ação evangelizadora, como: “linhas pastorais”, “prioridades pastorais”, “dimensões pastorais”, e “eixos da ação pastoral”. Todas estas expressões colocam em relevo diferentes formas de compreender a sempre fundamental ação da evangelização da Igreja. Me agrada que no seu último “Plano de Pastoral” a Arquidiocese de Belém tenha escolhido esta expressão: “Eixos da ação pastoral”. Eixo é uma palavra que expressa dinamismo, movimento, mudança. E é justamente esta a intenção de toda ação pastoral da Igreja, isto é, proporcionar uma transformação completa da nossa realidade: passar da indiferença e isolamento à participação de todo o povo de Deus; superar a exclusão e marginalização trazendo inclusão e protagonismo de todos na vida da comunidade eclesial, na qual todos vivem como verdadeiros irmãos e irmãs em Cristo, filhos e filhas do mesmo Pai Celeste.

Os eixos da ação pastoral são:
1) A missionariedade, que busca promover a Igreja em saída;
2) A Pastoral de conjunto e comunhão, para promover o Reino de Deus;
3) A formação dos agentes pastorais, para que possam servir com amor e seriedade;
4) O testemunho profético, tendo a caridade e serviço como marca inseparável da missão;
5) A experiência da espiritualidade, que fortalece a todos para servir em comunhão;
6) A comunicação a serviço da unidade e missão;
7) A juventude, como setor privilegiado de envolvimento pastoral, visto que a juventude é a grande força do presente e do futuro da Igreja.

Durante os meses de maio e junho teremos ocasião de nos debruçarmos sobre estes eixos nas assembleias específicas dos setores que compõem a Arquidiocese de Belém.

Leia nossos Colunistas