Por uma Igreja sinodal: quase chegando a assembleia geral

Foto: Luiz Estumano

 

Como já é do conhecimento de todos, a assembleia sinodal acontecerá nos dias 5, 6 e 7 de agosto de 2022, no Centro de Cultura e Formação Cristã (CCFC) da Arquidiocese de Belém.
O que se trata numa assembleia sinodal? O que se espera de uma assembleia eclesial numa arquidiocese? Em qual contexto está acontecendo o “primeiro sínodo arquidiocesano” de Belém?
Para responder, adequadamente, estas perguntas, certamente, são necessárias múltiplas considerações. Não pretendo tratar destas questões aqui como um “expert” em sínodo. Longe de mim tal pretensão; apenas quero oferecer alguns pontos que, espero, serão úteis para ajudar a nossa caminhada sinodal no contexto do “sínodo sobre sinodalidade” que a Igreja toda está vivendo até outubro 2023.

Antes de tudo, é muito importante, penso eu, ter bem presente o que diz o Documento Preparatório: “Anunciando o Evangelho, uma Igreja sinodal que “caminha em conjunto”: como é que este “caminhar juntos” se realiza hoje na vossa Igreja particular? Que passos o Espírito nos convida a dar para crescermos no nosso caminhar juntos?”(DP, 26).
É a partir desta questão fundamental que serão escolhidas as prioridades e os projetos pastorais, em todas as dimensões da evangelização que a Igreja é chamada a realizar. Mas, atenção! Considerando que está implícito que precisamos dar novos passos no estilo de ser Igreja, pois está claro que não podemos continuar como estamos. Veja a pergunta: “Que passos o Espírito nos convida a dar para crescermos no nosso caminhar juntos?” Esta pergunta precisa ser levada muito a sério. Mais do que elencar uma grande série de prioridades é preciso refletir e verificar o como deveremos nos comportar para sermos sempre mais uma “igreja sinodal”, isto é, uma comunidade onde todos os batizados participam também das tomadas de decisões e não somente na execução daquilo que é decidido somente pela hierarquia da Igreja.

Certamente, se espera, numa arquidiocese, que uma assembleia pastoral sinodal possa avaliar a caminhada feita até agora e possa projetar os próximos passos. O tema central do nosso sínodo arquidiocesano é “Belém, Igreja de portas abertas” para que “a cidade se encha de alegria” (At 8,8). Que estilo de ser Igreja é mais de acordo com este propósito e intenção? O que precisamos fazer para sermos de verdade “igreja de portas abertas”?
O contexto no qual estamos vivendo este processo sinodal é o fato dos 300 anos da diocese de Belém (completados em 2019), o Sínodo Pan-Amazônico, a primeira Assembleia Eclesial do povo de Deus da América Latina e Caribe e, com um peso muito grande, a convocação do Papa Francisco para o “sínodo sobre sinodalidade” que está em andamento em toda a Igreja e culminará com a assembleia geral em outubro de 2023.
Continuemos rezando para que a caminhada sinodal chegue a bom termo e seja muito frutuosa para nossa Igreja de Belém.

“Ó Deus, nosso Pai, que enviastes para a vida do mundo o vosso Filho Jesus Cristo, Palavra de Vida, e nos chamais a acolhê-lo na fé, concedei-nos a graça de sermos discípulos missionários anunciadores da verdade do Evangelho em nossa Arquidiocese de Belém. Na fidelidade a Jesus Cristo, nosso Senhor, obedientes à vossa vontade, empenhemo-nos no serviço do vosso Reino, para que a nossa cidade se encha de alegria. Queremos também cuidar da Amazônia rica e bela para que seja sempre a casa de todos. O vosso Espírito Santo ilumine e fortaleça nossa missão, para que a comunhão, dom da vida divina, cresça cada vez mais em nossa lgreja de Belém e sejamos testemunhas do vosso amor. Ó Mãe e Virgem Maria, Senhora de Belém, intercedei por nós para vivermos a missão com alegria e perseverança. Amém”.

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