Saúde mental das mães

Todos os anos, próximo ao Dias das Mães, ouvimos e reconhecemos histórias de mulheres fortes, batalhadoras, que lutam para dar conta de tudo e de todos, física, espiritual, financeira e emocionalmente. Mas vale o alerta de que essas mães fortes não aguentam mais tanta carga e pressão… Quando uma mãe recebe seu bebê nos braços, ganha também uma porção de expectativas relacionadas a esse novo papel e à mãe que pretende ser, mas, à medida que o filho cresce, muda também a expectativa de maternidade, especialmente diante da sobrecarga pelo acúmulo de funções, o que chamamos de Burnout materno (o ambiente exige muito mais do que elas podem dar conta). Ser mãe é uma missão para a vida toda e ninguém nasce sabendo como ser… vai sendo e aprendendo e a imensa maioria não tem coragem de externar suas dificuldades, medos e cansaços, se sentindo extremamente julgadas e com medo de falhar nesse tão sublime papel (e haja sentimento de culpa!).Devido a isso, muitas mães podem negar ou temer um pedido de ajuda, o que pode desencadear diversas doenças como depressão, transtornos de ansiedade, síndrome do pânico e outras.

Disse o educador Içami Tiba: “Ser mãe é algo que demanda, acima de tudo, tempo”. Mães, têm tido tempo para os filhos?Para estar junto, caminhar sem pressa, brincar, contar e ouvir histórias, dialogar?A verdade é que as Mães se preocupam não apenas com o que os filhos vão comer, mas como estão se sentindo. São elasque se sentam ao pé da cama para saber se está tudo bem; que se angustiam pelo sofrimento dos filhos e que, muitas vezes, choram junto; e choram até mais, sozinhas. Ou seja, fica com a mulher uma das cargas mais pesadas ao criar e educar filhos: a demanda emocional. A maternidade exige dedicação, verdade! E é importante ter consciência que filhos mudam a vida e que é preciso adaptar-se a eles.

Podemos pensar, repensar e amadurecer para mudanças importantes na ajuda às Mães, como: Sociedade (julgue menos, apoie mais ereconheçanão somente “no Dia”); Famílias (colaborem, cooperem, dividam tarefas, deem-se as mãos, os braços, as mentes, os corações); Mães (peçam ajuda, larguem a capa da super-heroína e sejam somente mães humanas, reais; invistam em si mesmas, pois Mães felizes potencializam a felicidade nos filhos; busquem ser pessoas inteiras, que não se restringem ao papel da maternidade, mostrando aos filhos que eles precisam ser inteiros também); Filhos (amem, amem, amem… aproveitem a dádiva de serem cuidados e amados de um tanto que não tem palavra que defina).
Por fim, diante de tudo isso, vale a pena ser Mãe? Oh se vale… é mesmo padecer no paraíso… onde todo o cansaço, os medos e angústias somem a um sorriso, a uma vitória, a um Eu te amo! Felizes dias, Mães e Filhos!

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