Sinodalidade: o único modo de ser Igreja

O frei franciscano estadunidense Daniel P. Horan, professor assistente de Teologia Sistemática e Espiritualidade no Catholic Theological Union, em Chicago, em artigo publicado por National Catholic Reporter, em 13-11-2019, afirmou: “A sinodalidade não é meramente uma opção a ser recuperada, mas, de fato, é o único modo autêntico de ser Igreja.”

O bispo de San Diego, Robert McElroy, em sua publicação, o livro de 2013 intitulado “Ever Ancient, Ever New: Structures of Communion in the Church” [Sempre antiga, sempre nova: estruturas de comunhão na Igreja], escreve: “Uma das primeiras estruturas de comunhão foram os sínodos”. Longe do moderno afastamento da governança unilateral ou da autoridade de ensino, os sínodos, como estruturas de comunhão, antecedem o deslocamento constantiniano para dentro do cristianismo durante o século IV e “eram um testemunho de uma convicção profunda e duradoura de que a Igreja é una, católica e apostólica”. Em uma sua palestra ele afirmou: “esse caminho sinodal não é estranho para a Igreja dos Estados Unidos, nem está além das nossas capacidades”.

A teóloga Natalia Imperatori-Lee, em seu livro “Cuéntame: Narrative in the Ecclesial Present” [Cuéntame: narrativa no presente eclesial], observa: “As reuniões do Encuentro são teologicamente significativas porque põem em prática o processo participativo e colaborativo de governança da Igreja endossado pelo Vaticano II, emulado pelo Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam) em Medellín e ecoado por teólogos sistemáticos contemporâneos”.
O papa Francisco rotineiramente sinaliza a necessidade de uma maior inclusão e abertura na Igreja. Essa visão eclesial e evangelizadora resume-se melhor no contínuo convite do papa a que todos os cristãos abracem o chamado a serem “discípulos-missionários”. A responsabilidade pela acolhida, inclusão e evangelização é compartilhada por todos, independentemente de sua posição na Igreja. É uma mensagem empoderadora, mas que também traz consigo corresponsabilidade e exige participação ativa dos leigos, como explicou McElroy.

Daniel P. Horan concorda plenamente com McElroy e Quinn antes dele – de que uma recuperação mais completa das antigas estruturas sinodais, que foram renovadas em parte sob a liderança de Francisco, é um caminho a seguir no meio daquilo que McElroy chama de “este momento de turbulência e inércia da nossa Igreja”. E por outro lado, ele faz uma afirmação mais forte ao sugerir que a sinodalidade não é meramente uma opção a ser recuperada, mas, de fato, é o único modo autêntico de ser Igreja.

(Trechos do artigo encontrado em http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/594357-sinodalidade-nao-e-apenas-uma-opcao-e-o-unico-modo-de-ser-igreja-artigo-de-daniel-horan). Recomendo a leitura do artigo todo.

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