Cada ser humano carrega, constrói e vive uma história única, especial, diferenciada; cada um tem seus pontos fortes e seus desafios, diferentes, únicos. Somos todos especiais em nossas maneiras únicas. Agora, se sabemos que isso é uma verdade por que, por vezes, nos comparamos com o outro, com a vida do outro, com o emprego do outro, com a felicidade do outro, com as conquistas do outro? Por que nós, muitas vezes, pensamos (e acreditamos!) que a grama do vizinho é sempre mais verde do que a nossa?

A mania de comparação é a prática de evidenciar as semelhanças e diferenças entre determinados aspectos próprios e de outra pessoa, para estabelecer uma relação de igualdade ou superioridade de uma das partes. E isso pode até ser positivo quando o objeto de nossa comparação nos impulsiona e nos inspira a ser também bons naquilo que admiramos no outro. Mas, no geral, é uma prática arriscada, porque ignora a nossa individualidadee nos leva a nos colocarmos em desvantagem, despertando ou fortalecendo sentimento de inferioridade, afetando diretamente nossa autoestima e autoconfiança. Vale destacar as redes sociais, nesse processo de comparação, onde as pessoas mostram gostos, rotinas, viagens incríveis, festas, muitos amigos, família reunida… A vitrine da vida perfeita… Só que não!

As comparações são o caminho para a infelicidade. Além de ser um hábito inútil, destrói a autoestima das pessoas. Viver na comparação coloca o foco na pessoa errada! Concentrar-se no que o outro fez ou alcançou não nos levará a fazer ou alcançar nada, pois nós não controlamos a vida do outro. Tudo que podemos controlar é a nós mesmos: nossos desafios, nossas escolhas, nossos propósitos, nossa vontade de nos superarmos a cada dia, de ser, como hoje está em moda dizer, “a nossa melhor versão”! Então, quer alguém para se comparar? Compare-se a você mesmo e, se você está evoluindo, melhorando, crescendo, opa… isso é o que importa!

Então, em quem focar para deixar de comparar? Em você mesmo!

Se conheça (Quem se conhece usa suas habilidades e atributos positivos a seu favor, buscando sempre superar-se e fortalecendo, assim, sua autoconfiança); se valorize (Fique contente por ser quem você é e, se sentir vontade de mudar, faça isso por você e não para agradar alguém.Valorize suas experiências, pois elas foram importantes para a construção da sua individualidade, da sua história); se ame (Quem ama cuida, certo? Então, comece por você! Isso se chama amor-próprio. Quando você se ama e se aceita, cuida de si mesmo. O amor-próprio inutiliza as comparações nocivas à autoestima pois muda o foco da história do outro para a sua história).

Ou seja, concentre-se mais em você, cuide do seu jardim, regue a sua grama, construa o seu caminho, ocupe-se de você (e desocupe-se do outro!) e dessa forma você estará construindo a sua melhor versão! Fique bem!

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