Um pequeno grande livro (15)

Nesta edição de “Miscelânea” veremos o que no, em meu entender, precioso livrinho “o monge e o pastor” se diz sobre a espiritualidade, tema, em meu entender da maior importância.

Na carta de Marcelo Barros, o monge, a Henrique Vieira, o pastor, datada de 05 de maio de 2020, uma terça-feira, lê-se: “Desde tempos antigos, mestres espirituais de diversas tradições ensinam que, para a pessoa se aprofundar no caminho espiritual. (o que equivale a dizer, penso eu, na espiritualidade) precisa unificar-se a si mesmo. Justamente, os termos “monge” e “monja”.

Vêm do grego monos, ou seja, um ou uno. Muitos, como eu, buscam alcançar a unidade inteira por meio da construção da unidade com os outros, certos de que esse processo é graça divina e se realiza no seguimento de Jesus.”

Na carta de 6 de maio de 2020, uma quarta feira, escreve Henrique Vieira a Marcelo Barros:

“A perspectiva conservadora só aceita repetição, jamais mudanças, e isso subtrai o potencial criativo e sempre aberto de espiritualidade!

Na carta de 17 de maio de 2020, um domingo, Marcelo Barros escreve a Henrique Vieira:

“Depois passei a pensar que toda espiritualidade, em qualquer que seja a tradição, tem esse caráter de intimidade.”

E continua: “Quando eu era jovem, quase não se usava este termo. De fato, espiritualidade não é um termo bíblico. Na tradição cristã, dizem que remonta ao século IV e foi empregado pela primeira vez por um místico oriental chamado de Gregório de Nissa, bispo em região que hoje é a Turquia. Com essa palavra ele queria expressar a vida movida ou conduzida pelo Espírito, como diz Paulo na carta aos Romanos.

Se nesses anos todos eu aprendi alguma coisa, foi que uma pessoa pode ser muito religiosa e não ter espiritualidade.”

Espero que não seja assim com você, meu possível leitor.

Vou ficando por aqui. Na edição vindoura, se for vontade do nosso Deus e Senhor, voltarei ao assunto.

Shalom!

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