Desde 2014 é realizado o Setembro Amarelo, com ações para conscientização sobre prevenção do suicídio, visando desmistificar e propagar informações acerca da questão, como valiosa estratégia de prevenção. Estima-se que cerca de um milhão de pessoas morra, no mundo, anualmente, por suicídio, o que levou a OMS a considerar o suicídio uma epidemia silenciosa, publicando em seu mais recente relatório sobre o tema, de 17/06/2021, que o suicídio continua sendo uma das principais causas de morte no mundo, mais do que as mortes por HIV, malária ou câncer de mama, com especial atenção agora, depois de muitos meses convivendo com a pandemia de COVID-19, aos muitos dos fatores de risco para suicídio – perda de emprego, estresse financeiro e isolamento social – ainda muito presentes.
Não há uma única explicação para a morte voluntária, visto ser, o suicídio, um comportamento com múltiplos determinantes e de interação de fatores psicológicos, biológicos, culturais e socioambientais.Porém valeressaltar que estudos de Suicidologia indicam que 90% dos casos podem ser evitados; no entanto, devido ao estigma em relação ao tema, muitas pessoas com ideação suicida sentem que não podem ou não devem pedir ajuda. Além disso, muitas pessoas têm medo e não sabem como podem ajudar a alguém em risco de suicídio.
Um dos caminhos para a prevenção é justamente a atenção aos sinais e comportamentos das pessoas em sofrimento psíquico ou que demonstrem que o suicídio seja uma possibilidade; nesses casos, fique calmo, ouça e mostre empatia. Não duvide ou minimize o risco, leve a situação a sério, pergunte sobre possíveis tentativas anteriores e fique atento a instrumentos ou comportamentos potencialmente letais. Se possível, consiga ajuda e em caso de risco iminente, fique com a pessoa até que seja possível encontrar apoio.
Quando alguém pensa em suicídio é sinal de que está sofrendo profundamente, poisninguém decide tirar a própria vida simplesmente por escolher o caminho mais fácil, mas sim porque sofre de forma tão profunda que se sente impotente e sem esperança. Do que essa pessoa precisa? De acolhimento e compreensão; e do que não precisa? De julgamentos e condenações!
Infelizmente, há muitos mitos sobre o suicídio os quais, muitas vezes, dificultam ajudar a quem precise e desmistificar esses mitos é fundamental, senão vejamos dois deles: Falar sobre suicídio estimula as pessoas a tentarem: Não, nunca! Quanto mais falamos mais possibilitamos que as pessoas com pensamentos suicidas tenham coragem de externalizar seus sentimentos, entendendo que serão acolhidas e não julgadas; A maioria dos suicídios acontece de repente e sem aviso prévio:existem sinais de alerta, verbais ou comportamentais, que podem indicar vulnerabilidade emocional, sendo fundamental que qualquer pequeno indício seja levado a sério e encarado com firmeza.
O fundamental é estarmos atentos, disponíveis a acolher as dores e sofrimentos de outra pessoa e, com firmeza, orientar e buscar ajuda, com psicólogos, psiquiatras, médicos, etc. O CVV é também um grande apoio e está disponível 24 horas, por meio do telefone 188.