Olá, meu irmão é minha irmã!
Às 9h35 de 12 de agosto deste ano, fui contatado pela coordenação do Voz.
Queria saber se eu tinha interesse em retornar a escrever para “O jornal católico da família”. Fiquei surpreso! Problemas pessoais fizeram com que eu não pudesse continuar escrevendo regularmente. Para mim havia ficado essa lacuna. Escrever para o Voz é um compromisso a mais. Porém, é causa de alegria oferecer à Igreja minha diminuta contribuição. Creio que a Providência quis que a minha voz esteja no Voz, contribuindo para fazer ecoar a Voz de Nosso Senhor mediante Sua Igreja. Então, eis-me aqui.
Nossa primeira conversa se dará sobre a Bíblia e o mês dedicado a ela.
O Mês da Bíblia foi instituído pela 1ª vez na Arquidiocese de Belo Horizonte, em 1071, pela comemoração do seu cinquentenário. A par dessa iniciativa, coube ao Serviço de Animação Bíblica das Irmãs Paulinas a missão de propagar e estimular as iniciativas de estudo, divulgação e reflexão da Sagrada Escritura. Multiplicaram-se, graças a Deus, os grupos de estudo e de reflexão. A CNBB assumiu a data comemorativa e a propôs para todo Brasil. Hoje em dia, além do Brasil, vários países da América Latina comemoram o Mês da Bíblia.
O setembro foi eleito para o aprofundamento bíblico por ser o mês em que celebramos a memória do grande São Jerônimo, doutor da Igreja. Ele recebeu do Papa Dâmaso a missão de traduzir a Escritura do grego e do hebraico para o latim. Essa tradução recebeu o nome de Vulgata.
Posto isso, entendemos que setembro é um tempo adequado para crescermos no conhecimento bíblico. Pois, ler e conhecer a Bíblia, não é tão fácil como pretendem alguns.
Por causa dessa pseudo facilidade, há quem diga que nossos irmãos protestantes conhecem mais a Palavra de Deus do que nós, católicos. Eu discordo! Poderíamos até discutir o conceito de conhecimento, mas aí, a coisa iria longe.
É verdade que, de modo geral, eles leem mais a Bíblia do que nos, católicos. Porém, daí a conhecer a Palavra de Deus, é outra história.
Rigorosamente falando, a Palavra de Deus não é um livro, é uma Pessoa: Jesus. Ele é o Verbo Encarnado.
A Bíblia é a Sagrada Escritura por conter e, ao seu modo, transmitir a Palavra (O Verbo). Palavra essa que se encontra e também é transmitida pelos Sagrados Magistério e Tradição.
Nós, católicos, se nos alimentarmos da Sagrada Tradição, Escritura e Magistério temos muitos mais meios e condições de conhecer a Palavra de Deus. Justamente por isso, se desejamos crescer na intimidade e no conhecimento da Palavra de Deus (Jesus), na Sagrada Escritura devemos, sim, lê-la, estudá-la, meditá-la, auxiliados pela Tradição e pelo Magistério.
Pela Misericórdia, sigamos em frente, buscando pensar com a Igreja no serviço da Verdade.
Fique com Nossa Senhora e São José.