Caminho Neocatecumenal: Carmen, rumo aos altares

 

O processo de beatificação e canonização da co-iniciadora do Caminho Neocatecumenal, Carmen Hernández, foi aberto oficialmente no domingo (4), o segundo do tempo do Advento. O arcebispo de Madri, cardeal Carlos Osoro Sierra, conduziu o evento que aconteceu na Universidade Francisco de Vitória, em Madri, Espanha. A cerimônia dá início à primeira etapa do processo, ou seja, a fase diocesana.
Esteve presente a Equipe Internacional responsável pelo Caminho Neocatecumenal, composta por Kiko Argüello, Ascensión Romero e Padre Mario Pezzi. Ascensión passou a integrar a equipe após a morte de Carmen em 19 de julho de 2016.

O pedido formal para a abertura da causa de beatificação foi entregue ao cardeal Osoro na missa de cinco anos da morte da serva de Deus Carmen Hernández em julho de 2021. Este documento oficial inclui escritos, documentos e testemunhos que sustentam que a co-iniciadora do Caminho Neocatecumenal viveu as virtudes cristãs em grau heroico. Na ocasião, o cardeal disse que Hernández foi “uma incansável catequista e trabalhadora do anúncio de Cristo” que em sua vida quis ser “uma portadora de Jesus Cristo”.

Kiko Argüello, seu companheiro iniciador desta realidade eclesial, disse por meio de uma carta que “era uma mulher profunda, autêntica e livre na relação com todos. Ela amava Cristo e a Igreja; e ao papa, acima de tudo”.
“Por amor à Igreja e aos irmãos, permaneceu junto a mim por 50 anos; levando adiante esta Iniciação Cristã que é o Caminho Neocatecumenal”, disse Argüello.
“Eu achava que me seguiam”, reconheceu Argüello, “mas vejo que milhares de irmãos estão no Caminho graças a Carmen e pelo amor que Carmen tinha a Cristo”. Kiko Argüello conheceu Carmen na década de 60, em Palomeras Altas, periferia de Madri, lugar onde teve início o Caminho Neocatecumenal.

Na cerimônia, Carlos Metola, postulador da causa, leu o SupplexLibellus(libelo de súplica), que representa o pedido de abertura do processo em nome das partes autoras: a Equipe Internacional do Caminho Neocatecumenal, Fundação Família de Nazaré de Madri e Fundação Família de Nazaré de Roma.
Durante a cerimônia Dom Carlos fez a leitura de aceitação do libelo de demanda e da nomeação do Tribunal Delegado para esta causa, composto pelo Delegado Episcopal para a Causa dos Santos, Padre Alberto Fernández Sánchez, o Promotor de Justiça, Padre Martín Rodajo Morales e as notárias adjuntas, Ana Gabriela García Martínez e Mercedes Alvaredo de Beas.

Uma vez iniciado o processo de beatificação e canonização, Carmen Hernández passa a ser reconhecida como Serva de Deus.

Processo
A vida de Carmen foi dedicada à evangelização e, após seu falecimento em 19 de julho de 2016, foram relatados, no mundo todo, milhares de favores e graças alcançados por sua intercessão. Com isso, no ano de 2021, ao se completarem cinco anos de seu falecimento, foi pedido formalmente a abertura do processo de canonização e beatificação de Carmen, cuja abertura oficial, se dá então, neste mês de dezembro de 2022.

Coiniciadora
Carmen nasceu em Ólvega (Sória, Espanha), em 24 de novembro de 1930 e viveu sua infância em Tudela (Navarra, Espanha). Depois de se licenciar em Química na Universidade Complutense de Madri e trabalhar um tempo na empresa da família, iniciou sua missão de anunciar o evangelho, chamado que sentia desde muito jovem.

Deus conduziu Carmen por diversos caminhos durante sua juventude, até que, na década de 60, ela conheceu Kiko Argüello, em Palomeras Altas, periferia da capital espanhola. Entre os pobres, ambos descobriram a força do Mistério Pascal e da pregação do Querigma que é a Boa Notícia de Cristo morto e ressuscitado, e, assim, nasceu a primeira comunidade neocatecumenal. Graças à confirmação desta nova realidade pelo então arcebispo de Madri, Monsenhor Casimiro Morcillo, Carmen colabora com Kiko levando às paróquias – primeiro a Madri, depois a Roma, e a partir de então a outras cidades e nações – esta obra de renovação da Igreja.

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