Em sua série de audiências sucessivas, o Santo Padre recebeu, na manhã deste sábado (25/02), na Sala Clementina do Vaticano, os participantes no Curso de Formação para Párocos, promovido pelo Tribunal da Rota Romana.
O Curso versou sobre o tema do “novo Processo matrimonial”, discutido e proposto pelo Sínodo dos Bispos sobre o “Matrimônio e a Família”, que se realizou no Vaticano em outubro de 2015.
Partindo precisamente da Exortação Apostólica pós-sinodal “Amoris laetitia”, o Papa dirigiu-se aos Párocos dizendo que “foi bom", que "por meio desta iniciativa de estudo, puderam aprofundar tal matéria, pois são sobretudo vocês que a aplicam concretamente no cotidiano contato com as famílias":
“Na maior parte dos casos, vocês são os primeiros interlocutores dos jovens que desejam formar uma nova família. A vocês se dirigem aqueles casais que, por causa dos seus sérios problemas familiares e crises matrimoniais, pedem indicações para o processo de nulidade do matrimônio. Por isso, vocês são chamados a ser companheiros de viagem deles, acompanhando-os e encorajando-os”.
Sim, explicou o Papa, vocês devem dar testemunho da graça do Sacramento do Matrimônio e do bem primordial da família, célula vital da Igreja e da sociedade, mediante Cursos de preparação ao Matrimônio e encontros pessoais ou comunitários. Mas, ao mesmo tempo, devem encorajar os casais em dificuldade, em atitude de escuta e compreensão. Em relação aos jovens casais, que preferem conviver, sem se casar, Francisco disse:
“Em nível espiritual e moral, eles estão entre os pobres e os pequeninos, para os quais a Igreja deve ser Mãe, sem abandoná-los, mas aproximá-los e cuidar deles. Estes casais também são amados pelo Coração de Jesus. Por isso, tenham ternura e compaixão deles. Isto faz parte da obra dos párocos na promoção e defesa do Sacramento do Matrimônio”.
Aqui, o Santo Padre citou o bem-aventurado Paulo VI, que dizia: “A paróquia é a presença de Cristo na plenitude da sua função salvadora; ela é a casa do Evangelho e da verdade, a escola de Nosso Senhor.
Francisco concluiu seu pronunciamento, agradecendo aos Párocos pelo seu empenho de anunciar o Evangelho da Família e invocando o Espírito Santo para que os ajude a ser ministros de paz e conciliação em meio ao Povo de Deus, especialmente entre os mais frágeis e necessitados da solicitude pastoral.
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