Em um ambiente onde se respira a opressão e as pessoas não são felizes, a libertação, a abertura de uma janela, de uma porta se torna vital.
Esse ambiente de constrangimento existe no meio do Povo de Israel e finalmente, após 40 anos, surge um profeta que anuncia estar próxima a libertação. Um novo espírito renasce no coração do povo e a expectativa é grande. Surgiu para eles a famosa luz no fundo do túnel. À medida que caminham, se aproximam da libertação. Todo e qualquer passo adiante é e sempre será um passo para a felicidade, aliás, qualquer passo proporciona esse sentimento de felicidade, de alegria.
Também nós, que vivemos no sufoco, que atravessamos graves dificuldades, que enfrentamos problemas aparentemente insolúveis, mudamos e criamos vida nova quando sabemos que existe uma solução, uma solução positiva, libertadora.
A liturgia do 2º Domingo do Advento nos traz esta boa nova, de que nossas aflições, nossas angústias terminarão porque o Senhor virá com sua Mensagem de Paz e colocará tudo em seu lugar e o ser humano voltará a desfrutar da tranquilidade, alegria e paz nas quais foi chamado a viver e nas quais viverá eternamente.
Deus age e envia seu Messias, mas Deus também pede a nossa conversão e, muitas vezes, é nossa adesão ao pecado, através da solidariedade para com o opressor, nossa conformação à situação de injustiça, que favorecem a não mudança dos dominadores.
Portanto, somos causadores de nossa própria desdita e da de nossos irmãos. Por isso deveremos fazer um exame de consciência sobre nossa participação ou nossa convivência em situações de opressão e descobrir quais são os laços que nos unem, nos atam ao pecado.
Só seremos perdoados se além do arrependimento, fizermos o propósito de mudança de vida, de valores. É necessário que nos convertamos ao bem, a Deus. Só então o caminho para a vinda do Messias, do Salvador estará aplainado e a Vida se revelará, se manifestará em nosso meio.
Preparemo-nos para o Natal! Mas a verdadeira preparação, aquela que terá dimensões de eternidade, será a conversão de nosso coração. Conversão do coração para o outro, para Deus, fazendo o bem e fomentando a vida!
Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o II Domingo do Advento
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