Sermão das 7 Palavras: “Jesus de Nazaré não se defende, mas pede ao Pai por seus algozes”

   
Fotos: Rodrigo Silva
 
Tradicionalmente realizado há mais de um século na capital paraense, o Sermão das 7 Palavras foi proferido pelo padre Agostinho Cruz na tarde desta Sexta-Feira Santa, 14 , na capela do Colégio Santo Antônio. No sermão são meditadas as últimas frases ditas por Jesus enquanto estava pregado na Cruz, intercaladas com os cânticos executados pelo Coral Santa Cecília.
 
De acordo com o Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, o Sermão das Sete Palavras, nas 3 horas da Agonia, “marca nossa cidade com a força do Evangelho, quando ‘palavras de fogo’, pronunciadas do alto da maior de todas as tribunas, a Cruz, ressoam por toda parte”.
 
O padre Agostinho Cruz, pároco de Nossa Senhora das Graças e São João Batista, no distrito de Icoaraci, atribuiu à sua pregação o título de “A Palavra da Cruz”, do latim “Verbum Crucis” e iniciou a alocução garantindo que as palavras ditas por Jesus na Cruz não são um testemunho de defesa. “Este Sermão não centraliza palavras que um inocente diria diante de sua sentença. Jesus de Nazaré não está se defendendo, mas Ele pede ao Pai por seus algozes, a fim de que regressem à verdade de que são muito amados por Deus.”
 
 
Após a pregação de cada palavra, o Coral Santa Cecília executava uma das estrofes da peça “Le Sette Ultime Parole di Nostro Signore Sulla Croce” do compositor italiano, Giuseppe Saverio Mercadante, e uma das sete velas colocadas no altar junto ao crucifixo era apagada.
 
Para a recepcionista, Tânia Anequino, os eventos da Semana Santa são necessários para nossa renovação pessoal. “Tanto o sermão quanto as procissões nos ajudam a recomeçar, renovar as esperanças e refletir aquilo que acontece conosco e com o próximo. Precisamos lembrar os sofrimentos de Jesus todos os dias. A semana santa pode ser vivida diariamente, pois tenho a chance de olhar para a Cruz e perceber que cada gota de sangue que Ele derramou foi por nós”, afirmou.
 
O Sermão encerrou por volta das 15h quando, de acordo com os Evangelhos, Jesus morre na Cruz. Foi levada ao centro da capela a imagem do Senhor Morto, e os fiéis puderam se aproximar para venerá-la.
 
 
 

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