![]() |
A Igreja celebra neste domingo, 28, a festa da Ascensão do Senhor, 40 dias após a Páscoa do Senhor. Ela é celebrada em todo o mundo católico. Faz memória da subida de Jesus aos céus e integra as celebrações pascais que atualizam a vida de Jesus.
A Ascensão de Jesus nos é relatada no Evangelho de Marcos, no de Lucas e nos Atos dos Apóstolos. O fato ocorreu na presença de 11 de seus apóstolos, 40 dias depois da sua ressurreição. Na narrativa bíblica, um anjo informa aos discípulos que a segunda vinda de Jesus irá ocorrer da mesma forma que sua ascensão. A ascensão é também considerada como um dos cinco grandes marcos da narrativa evangélica sobre a vida de Jesus, juntamente com o batismo, a transfiguração, a crucificação e a ressurreição.
Os evangelhos canônicos incluem duas breves descrições da ascensão de Jesus: em Lucas (24,50-53) e Marcos (16,19). Uma descrição mais detalhada da ascensão corporal de Jesus às nuvens aparece em Atos (1,9-11). No trecho presente no livro dos Atos dos Apóstolos é dito que Jesus, reunido com seus seguidores enquanto alimentavam-se foi perguntando por um deles se aquele seria o momento da restauração do Reino de Israel.
Então Jesus respondeu: “Não vos cabe saber os tempos e os momentos que o Pai determinou com sua própria autoridade. Mas recebereis o poder do Espírito Santo que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra”. Após esse momento, Jesus foi elevado ao céu e uma nuvem o encobriu.
Ainda no trecho dos Atos, Jesus faz um breve anúncio do Pentecostes, a descida do Espírito Santo 50 dias após a Páscoa: “Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual vós me ouvistes falar: ‘João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias” (Atos 1, 4-5).
A Ascensão concretiza a etapa final da revelação do plano de amor de Deus em favor do homem. É um ato de exaltação celestial que integra a Páscoa definitiva da humanidade em Cristo, iniciada com a anunciação do anjo a Maria, pois, após a ressurreição, Cristo manifestou-se diversas vezes aos discípulos, até o dia em que, à vista deles, elevou-se ao céu. Estava terminada a obra da salvação, de modo que, Ele podia deixar este mundo e voltar para o Pai, de quem viera, deixando neste mundo sua Igreja.
|
Subida de Jesus aos céus
A origem da Solenidade da Ascensão do Senhor inspira-se nos textos bíblicos que relatam a subida de Jesus aos céus, 40 dias depois de sua Ressurreição. Os relatos Sagrados relacionam a Ascensão do Senhor com a vinda do Espírito Santo. Este é um dos motivos pelos quais, em algumas Igrejas, era comum celebrar a Ascensão e Pentecostes numa única Liturgia. A separação entre as duas festas, contudo, já é mencionada a partir do século IV, como consta em um Lecionário Armeno e em dois sermões feitos pelo Papa Leão Magno.
Os textos das missas que descrevem a teologia das antigas celebrações destacam a Ascensão como glorificação de Jesus em vista de confirmar a fé dos discípulos, enviados a evangelizar o mundo. Outro texto diz que a encarnação de Jesus não lhe tirou a glória divina. Prova disso é que Jesus subiu aos céus levando consigo a natureza humana. Nesse mesmo tom, uma oração depois da comunhão, do século VIII, proclama a Ascensão do Senhor como promessa de que os discípulos de Cristo viverão com Ele na Pátria eterna, pois pela Ascensão o Senhor abriu as portas para entrar na casa do Pai, canta um longo prefácio do século VIII.
Um rito que era realizado nessa solenidade era o apagamento do Círio Pascal, depois da proclamação do Evangelho. Com a reforma Litúrgica do Vaticano II, em 1963, esse rito passou a ser realizado na Solenidade de Pentecostes. O Círio é apagado no Domingo de Pentecostes, durante a Liturgia das Horas, após o cântico evangélico.
|
