“A Romaria aconteceu! Apressada, não porque alguém a apressou, mas porque parecia tão simples, tão fácil caminhar… Maria nos atrai; nos encanta e nos leva ao encontro de Jesus, a verdadeira Alegria, a nossa Esperança.” (dom Carlos Verzeletti)
É Ano Santo, do Jubileu 2025, e a Igreja Diocesana de Castanhal, numa agenda de peregrinações, tem reunido seu povo para a experiência desse tempo de graça. Toda essa caminhada de celebrações e encontros culminou na grandiosa participação em sua XXVII Romaria de Nossa Senhora de Nazaré.
No domingo, 19 de outubro, bem cedo, as ruas de Castanhal recebiam romeiros peregrinos de todas as localidades da diocese. Por volta das 04h00, pequenas comunidades da cidade fizeram as suas homenagens com alvoradas de fogos, sinalizando o início da grande festa. Às 06h00, a Igreja de São José, marco inicial do trajeto da Romaria, se despedia da imagem que foi conduzida por dom Carlos Verzeletti, bispo da Diocese de Castanhal, até a berlinda oficial, colocada sobre a réplica da locomotiva “Maria Fumaça”, que faz memória à Estrada de Ferro Belém- Bragança.
Isso acontecia após as celebrações festivas já realizadas no sábado: a carreata com o ícone da santa, percorrendo as nove paróquias da cidade; a missa campal na praça da Igreja de Sant’Ana, no Apeú; a procissão motorizada, que acompanhou a berlinda até a concha acústica da Praça São José, onde dom Carlos realizou a benção do novo manto e a imagem da Virgem de Nazaré foi revestida, sob os acordes da Banda 28 de janeiro, com canções marianas.
Numa expectativa geral, saiu a procissão, com percurso aproximado de 8 km, e destino ao Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, no distrito do Apeú. Às 07h00, parada obrigatória foi na Catedral, onde aconteceu a Missa oficial da Romaria 2025, presidida por dom José Albuquerque, bispo de Parintins, no Amazonas.
Durante a homilia, dom José fez referência inicial à mensagem do Papa Leão XIV, pelo Dia mundial das Missões. Elogiou a beleza arquitetônica da Catedral, e fez alusão ao Ano Jubilar. Intencionou a Celebração em memória de todos os missionários evangelizadores na Amazônia; recordou o Círio de Nazaré e os títulos que Nossa Senhora recebe. Com ela somos missionários, peregrinos rumo ao encontro do Pai.
Após a Missa, uma imensa multidão, superando todas as expectativas, recuperava o caminho da Romaria. Eram visíveis os sinais de solidariedade, quer por pessoas comuns, quer pelas instituições de apoio. Comoção, lágrimas, sorrisos, aplausos, tudo vale quando se caminha envoltos no mesmo sentimento.
Chegando ao santuário, o ícone da Senhora de Nazaré sobe as escadarias, pelas mãos de dom Carlos que, mais uma vez, saudou os presentes e, numa voz comovente, recordou o episódio da destruição da Imagem de Nossa Senhora de Nazaré, no dia 20 de setembro passado, episódio esse que deixou toda uma comunidade perplexa pela barbaridade ocorrida, e destacou: “aquele fato foi reparado com a Missa, que foi celebrada na recondução da imagem, mas a reparação, ainda maior, é essa presença de todos, a maior Romaria de todos os outros anos. Maria! Ela nos ensina a caminhar na fidelidade com Jesus.”
Encerrando o Bispo falou do Hospital ABBA para os Cuidados Paliativos e, pediu que as campanhas em prol da conclusão se multipliquem e, cresça o número de pessoas generosas, para ajudar a finalizar essa obra.
Fonte: Regional Norte 2 / Por Vânia Sagresti / Pascom Diocese de Castanhal / Fotos:André Lameira